quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A grande obra de arte

Maria nem podia acreditar no que estava vendo, uma obra de arte feita para ela! É isso mesmo: Leandro, seu pai, havia feito uma pintura lindíssima para ela, cada detalhe havia sido feito com muito cuidado, Maria começou a imaginar seu pai pintando o lindo quadro para ela, a cada pincelada seu pai pensava nela e se sentia feliz, mesmo depois de passar horas trabalhando naquilo. Tudo havia sido pensado para que ela apreciasse a pintura e se sentisse feliz.

Realmente seu pai havia gastado muito tempo com aquela pintura e cada detalhe tinha a delicadeza do sorriso de Maria. Era uma linda paisagem, perfeita e muito bem pensada e projetada. 

– Papai, o senhor se esforçou muito para pintar essa linda obra de arte para mim, muito obrigada! – disse Maria.

– O esforço valeu a pena se você gostou da pintura! – disse o papai com um sorriso quase encostando nas orelhas.

Cada pingo de tinta foi dedicado a Maria. Aquela pintura com certeza era muito complicada e ao mesmo tempo perfeita e detalhada. Era uma joia que com certeza Maria guardaria muito bem.

Assim como a perfeita obra de arte de Leandro, nós ganhamos uma linda obra de arte dedicada a nós: é o lugar onde vivemos. Hoje em dia, quando olhamos para o mundo afora, a maior parte dos lugares é formada por prédios, casas, lojas e poluição. Com certeza isso não é algo que se admire como uma perfeita obra prima. Isso é porque a obra original não foi bem cuidada, por isso está poluída.

A obra original de Deus é muito mais bonita do que a obra de Leandro e com certeza mais bonita do que o mundo em que vivemos hoje. Deus fez o mundo em seis dias, e a cada detalhe da mais simples das flores Ele pensava em você. Ele trabalhou seis dias para que nós apreciássemos a obra dEle e cuidássemos com todo o cuidado, mas os homens estragaram a perfeita obra de Deus. Amiguinho, cuide bem da maravilhosa obra de Deus, para que ela não vá de mal a pior. Mesmo que o homem tenha estragado a grande obra de arte de Deus, ainda sobraram lugares onde ficamos em meio à natureza, e podemos ver uma parte da criação de Deus. Cada flor, pássaro, folha que você vê não parece uma linda e delicada pintura?

Deus desenhou este mundo com muito cuidado para nós. Deus também nos fez, então somos a obra prima da criação. Sendo obra de Deus temos que cuidar de nosso corpo, pois ele é um presente de Deus. A Bíblia diz que o nosso corpo é templo do Espírito Santo. Para Deus morar em nossa vida, temos que cuidar com o que comemos, com o que falamos, com o que fazemos, com o que vestimos, pois se o nosso corpo é a obra prima da criação e ele deve ser um templo do Espírito Santo, temos que mostrar que somos filhos de Deus. 

Querido(a)  amiguinho(a), cuide bem da grande obra de arte de Deus, pois ela foi feita com muito carinho para você cuidar bem. Se cuide também para Deus morar no seu coração.

Giovanna Borges

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A joaninha Sarita

Há algum tempo Sarita aprendeu uma lição. Sarita é uma pequena joaninha, vermelha com pintinhas pretas. Como você sabe, insetos têm muitos predadores, por isso a mamãe de Sarita a protegia num canteiro de flores que ficava em uma fazenda enorme, cheia de árvores. No canteiro de flores, estavam protegidas dos perigos, pois ficavam camufladas.

Logo que Sarita nasceu, foi explorar as “enormes” flores, pois era muito curiosa. Quando completou alguns dias de idade, já havia explorado tudo!

­– Mãe, eu quero conhecer outros lugares, além dessas flores, quero conhecer os lugares aí fora; eles me convidam, estão só me esperando, tenho que ir! Quero conhecer as árvores ENORMES, e sair daqui.

– Querida, lá fora é muito perigoso – diz a mãe – não é lugar para uma joaninha indefesa. Quero te proteger, para que nada aconteça com você. Que tal você explorar aquela rosa vermelha?

Sarita olhou para a rosa, era bem grande, e ela não se lembrava de ter explorado aquela rosa.

– Tá bom.

Ela foi até lá e quando entrou, que surpresa, havia uma joaninha amarela, ali dentro!

– Oi! – disse a joaninha – Meu nome é Mila, estou explorando pela milionésima vez esse canteiro de flores, estou esperando minha mãe ficar distraída para eu dar no pé, vou explorar aquela árvore enorme.

– Meu nome é Sarita e eu também quero muito explorar as árvores aí de fora! Mas minha mãe não deixa.

– E daí? Vamos escondidas – disse Mila.

– Hum, não sei se... Tá bom! 

Então elas foram em direção à árvore, mas no caminho Sarita ouviu atrás dela: “pó, pó, pó”, quando ela olhou pra trás, tinha um bicho enorme atrás dela.

– Psiu, é uma galinha, fique parada – disse Mila.

Mas Sarita nunca tinha visto nada igual, então ficou muito assustada e saiu correndo em direção ao canteiro de flores, que parecia estar muito longe. Mila correu para a árvore, para não ser pega pela enorme galinha. Sarita estava correndo com todas as suas forças, quando olhou para o céu e viu que estava escuro, ela tinha que chegar logo ao canteiro, pois logo iria chover. Sarita olhou novamente para o canteiro, e viu que o “monstro” (a galinha) estava a frente dela, vindo para cima dela. Sarita teve que correr na direção oposta do canteiro de flores para não ser devorada pela galinha.

Sem perceber ela estava indo para um barranco, e quando chegou ao fim, tropeçou e caiu. Ficou presa em um arbusto espinhoso, mas não se feriu. Logo pingos enormes de água caíram, impossibilitando Sarita de voar. Na chuva, com frio e com muito medo, se lembrou do canteiro e de como o canteiro era muito mais seguro do que o mundo lá fora. Ó, como ela queria voltar, lá ela estaria protegida da chuva, dentro ou em baixo das flores; lá ela estaria segura dos “monstros” e dos espinhos e estaria quentinha com o calor de mamãe. Como ela havia se arrependido de ter desobedecido.

Lá no canteiro de flores, a mamãe chamou Sarita e a procurou por todos os lados e em todas as flores, e percebeu que Sarita não estava lá, então saiu do canteiro, mesmo com a chuva com o frio e com os perigos, nada importava agora, ela tinha que achar sua pequena joaninha. Ela ouviu uma voz familiar gritando: “Mamãe, socorro”, era Sarita! O som vinha de baixo. Ela foi em direção ao barranco e viu entre os espinhos sua querida joaninha. Mesmo fraca e toda molhada pela chuva ela foi ao arbusto de espinhos, entrou lá e com cuidado tirou Sarita dali.

De volta ao canteiro Sarita reconheceu que mamãe estava certa e pediu desculpas.
Sarita aprendeu que os pais sempre sabem o que é melhor. Mas, além disso, nós podemos aprender que assim como a mamãe de Sarita foi buscá-la lá longe, independentemente das circunstâncias, Jesus também pode nos buscar quando estivermos longe dEle por causa do pecado.

Amiguinho, esteja sempre perto de Jesus, e você será feliz e estará protegido das maldades aí fora e dos perigos que o mundo tem.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mãe rima com felicidade

Se você teve o privilégio e a bênção de ter tido uma mãe amorosa, certamente deve se lembrar de momentos felizes, especialmente na infância. Deve se lembrar de quando, mesmo aos prantos por causa de um machucado, a mãe lhe devolvia a alegria com um beijo e um curativo feito com carinho. Certamente deve se lembrar do cheirinho que tomava conta da casa toda vez que a mãe preparava um pão, um bolo ou outro prato delicioso, e que mostrava que felicidade também tem cheiro. Se teve uma mãe amorosa, certamente saberá definir a palavra felicidade. Se lembrará dos beijinhos da mamãe antes da hora de dormir e do carinho dela ao colocar o cobertor sobre você, numa noite fria, ou mesmo de recebê-lo(a) na cama dela, quando o frio e a saudade eram intensos demais para você.

A felicidade do filho é a felicidade da mãe. Como é bom contemplar o sorriso no rosto da mamãe, quando ela vê os filhos crescendo nos caminhos do bem; quando vê que seus esforços em educá-los não foram em vão. O sorriso dela está tão presente em nossos corações que, mesmo longe dela, sentimos sua felicidade.

A felicidade é uma qualidade muito marcante de nossas mamães. Quando ela está cantando canções, contando histórias, nos ajudando nas tarefas, nos acordando de manhã, com carinho, é notável seu sorriso e sua alegria.

A felicidade é uma parceira da mamãe, porque mamãe sem alegria entristece todo o lar. A mamãe também sente alegria por nós, quando alcançamos méritos e vitórias, por mais pequenina que seja essa vitória. Não precisamos ser os melhores para levar felicidade à mamãe, mas ser o melhor que podemos.

A felicidade e a mamãe andam lado a lado (e eu desconfio que boa parte dessa felicidade tem a ver com a gente), e graças ao bom Deus por isso, pois a alegria da mamãe contagia e ilumina nossa vida.

Se você teve uma boa mãe e não se lembra dessas coisas, acabou se esquecendo do que é felicidade, pois “mãe” rima com “felicidade”.

Ter você como filho já foi grande motivo de alegria para sua mãe. Que tal deixá-la ainda mais feliz neste dia? Diga para ela o quanto você a ama e descubra que o amor é a maior fonte da felicidade. Será que é por isso, enfim, que as mães são tão felizes?

(Giovanna e Michelson Borges)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Amigo é para sempre (parte 2)

Marcello sentiu seu corpo gelar. Era uma situação complicada e ele nunca havia precisado dar algum conselho, mas logo pensou em um, um conselho que já havia recebido há tempo. Não era o melhor conselho que ela já ouviu, mas era o melhor que ele poderia dar, então:

- Olha, Ágata, se a Talita gosta mesmo de você, ela não vai lhe abandonar, pode até ser que a Talita converse bastante com a Paula e comece a ser amiga dela, mas se ela ama você realmente ela não vai deixar de ser sua amiga. Se ela ficar com a Paula, procure outra amiga; não vá ficar sofrendo por causa dela.

Ágata chorou, temendo que Talita deixasse de ser sua amiga. Ela não ligava que Talita ficasse com outras pessoas, mas ela sabia que Talita não era bem firme em suas decisões. Ela dizia que não gostava da Paula, mas nesse recreio mesmo as duas haviam lanchado sozinhas, e Ágata lanchou com a Mayara e com a Alice.

Os dias se passaram; 17 dias se passaram e faltavam apenas dois dias para o passeio. Nesses últimos dias, Talita andava com Paula e Ágata com Alice e Mayara. Ágata ainda amava Talita e ainda queria ficar junto com ela no passeio.

Voltaram da escola e Ágata voltou aos lamentos de novo:

- Marcello, hoje eu tentei andar com a Talita no recreio e a Paula disse que ela está cansada de me ver "governar" a vida da Talita, de eu só querer mandar nela. Mas a Talita vive dizendo que é a Paula que faz isso com ela. Eu quero saber se isso é verdade ou mentira.

Marcello nem teve chance de falar; Ágata correu na frente e entrou em casa:

- Alô? - diz Ágata no telefone. - Que bom que atendeu. Bem, Talita, eu acho que você já sabe por que eu estou ligando.

- É, me desculpe, é que hoje eu fui embora mais cedo e não deu pra conversar sobre onde vamos sentar no ônibus...

Ágata interrompe:

- Não! Como é que você disse? Sentar no ônibus? Talita, há 17 dias a gente não dá um oi uma pra outra. Eu não existo pra você! E depois você vem com o papo de que odeia a Paula! E, falando nisso, hoje mesmo a Paula disse que eu "governo" a sua vida! E eu quero ser sua amiga, quero que você fique comigo e me diga no que eu estou mandando demais e, por favor, continue sendo minha amiga.

- Eu só disse isso pra ela não ficar brava comigo.

- Então quer dizer que você diz que odeia a Paula só pra eu não ficar brava? Pense nisso.

Depois de uns instantes em silêncio, Ágata conclui:

- Talita, minha sugestão de onde sentar no ônibus é no meio, e se quiser outro lugar é só falar.

Ágata desliga e chorando se joga de cara no travesseiro.

Ágata não seguiu o conselho de Marcello e quis ainda sentar com a Talita no passeio. Seria difícil aceitar que Talita não era mais sua amiga.

Chegou o dia do passeio. Sua mãe Isabel, seu pai Julio e Marcello foram levar Ágata. A mãe foi no banco traseiro com ela. No caminho, a mãe foi conversando com ela sobre sua amiga:

- Ágata, tem certeza de que quer ir com a Talita? Você sabe que ela pode simplesmente brincar com a Paula e não ligar para você ou pode sentar com ela e deixar você sozinha. Eu não confio mais nessa menina; ela pode mudar a qualquer hora.

- Mãe, ela sempre foi minha amiga, a mais legal que eu já tive. Se eu não for com ela, com quem posso ir? Todas as meninas já têm seus pares e ela é o meu.

- Tudo bem, se cuide - diz mamãe beijando a testa filha.

Junto com as outras crianças, Ágata e Talita entram no ônibus e se sentam juntas nas poltronas quatro e cinco. No começo não foi nada mal, mas também não foi nada legal. Ágata se lembrou do primeiro passeio, de que tinham passado a viagem toda conversando e brincando, mas desta vez Talita e Ágata não tinham nada para conversar, porque nunca mais ficavam juntas.

A viagem acabou, desceram do ônibus e até ali Talita e Ágata não falavam nada, a não ser de vez em quando aquela coisinha: "Olha essa planta", "Que camiseta bonita", "Que pássaro engraçado", etc.

Todos desceram e foram para o banheiro. Quando voltaram do banheiro, Talita deu de cara com a Paula, e Paula tinha a sua "jogada" para fazer com que Talita ficasse com ela. Logo Paula puxou assunto, fez brincadeirinhas, e Talita tinha muito mais coisas para falar com Paula. Ágata tentava puxar algum assunto antes, mas Talita não estava muito a fim de prosseguir na conversa, mas sim continuar os assuntos da Paula.

E foi isso que Paula fez: fez com que Talita quisesse ficar com ela. Ágata tentou entrar na conversa, tentou fazer com que Talita percebesse que ela estava ali e que também queria se divertir, mas Talita nem deu bola pra ela. Então Ágata saiu de perto, para não ficar vendo e ter vontade de ganhar atenção também. Lágrimas encheram seus olhos. Mamãe tinha razão. Ela subia as escadas do zoológico lembrando de cada coisa que fizeram juntas, e de como Talita tinha sido capaz de fazer aquilo.

Quando foram para o ônibus, Talita teve coragem de chegar sem dizer nada, pegar sua mochila, passar por Ágata e ir sentar com Paula. Ainda bem que Ágata também tinha boas amigas que deixaram que ela se sentasse com elas: eram Maria Clara e Ana Luíza. Ela ficou com elas durante o passeio.

Ágata, na hora de voltar, ficou sozinha. Estava cansada e não queria ficar apertada, então ficou sozinha, encostada na janela, chorando, lembrando de tudo o que havia se passado. A professora pediu que ela contasse o motivo, e quando Ágata contou, a professora tentou consolá-la.

Ágata voltou pra casa e contou pra sua mãe o que havia acontecido no passeio. E lamentou dizendo que a mãe tinha razão sobre Talita. Marcelo disse pra ela ficar com a Ana Luíza e com a Maria Clara, e foi isso o que ela fez.

Ágata começou a andar com elas, e Talita com Paula, e agora Ágata tinha amizades verdadeiras com amigas de verdade, e elas tinham fidelidade com ela - não que as amigas não pudessem ficar com outras amigas, mas que não a abandonassem. E Ágata também era fiel com elas.

Giovanna Borges