sexta-feira, 22 de abril de 2011

Minha primeira história publicada na NA


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Não mexe, esse é meu brinquedo!

Havia uma menina chamada Nicole que tinha 7 anos. Todas as sextas-feiras era permitido levar brinquedos e jogos para a escola. E Nicole estava cheia de presentes que havia ganhado no Natal. E eram tantos, tinha uma boneca veterinária de 25 cm que ela tinha ganhado de sua avó paterna, Maria, tinha a boneca Ariel de 45 cm, que ganhou de sua prima, Letícia, que já era casada; tinha o gatinho que pulava e dançava que ganhou de sua outra avó, Caroline; havia uma boneca de 25 cm que era índia, que tinha ganhado de sua outra tia, Julia. Também uma loja de brinquedo de uma bonequinha de uns dez centímetros, que ganhou de sua outra tia Catarina, e por fim o presente de seus pais: uma boneca quase do tamanho da Nicole, de cabelos loiros, ondulados, com um vestido cor de rosa com enfeites lindos parecendo diamantes de verdade e sem falar no rosto, era mais do que lindo, parecia uma princesa de verdade. Com um monte de presentes e mais seus brinquedos antigos, ela tinha muito que levar para a escola.

Na primeira sexta-feira, mas que festa! Nicole nem sabia o que escolher, pediu todos os presentes e mamãe deixou que ela levasse o gatinho. Então lá foi ela com seu gatinho. Chegando lá viu que muitos haviam levado brinquedos: petecas, bonecas de pano bem simples, bolas de meia, jogos...

“Ah... isso, isso nem se compara ao meu brinquedo... mas, espere um pouco, se o meu brinquedo é o mais legal, todos vão querer brincar com ele... e... vai quebrar!” Pensou ela. Então antes que alguém a visse colocou em sua mochila. Hum... Mas alguém viu. Estela, e adorou o brinquedo. Na hora da recreação, Nicole esperou todos irem para fora da classe e ela ficou lá dentro, escondidinha brincando. Logo sentiu falta de amigos para brincar e foi com eles. Estela já havia espalhado a novidade: A Nicole tem um gatinho muito fofo. Então logo que ela veio, apesar de ser discretamente, todos disseram:

– Posso ver seu gato?!

Nicole arregalou os olhos, engoliu em seco, olhou pro gato, olhou pra todos, se abaixou e lentamente, foi engatinhando até um cantinho que ninguém ocupava, parou ali, e apertou o botão e o gato dançou, pulou e fez acrobacias elegantes. Era um total silêncio, todos com olhos só para o gato. Assim que o gato parou todos se aproximaram e começaram a mexer no gato até que ela disse:

– Chega! Não mexe, esse brinquedo é meu!

Na outra sexta-feira aconteceu o mesmo, mas com a boneca índia. Na outra ela levou a loja da bonequinha. Mas aconteceu algo diferente. Ninguém queria brincar com ela, ninguém ligava pra ela e nem queriam dividir os brinquedos com ela. Então ela percebeu que de nada adiantava ter brinquedos divertidos e mais bonitos, porque se você tem esses brinquedos e não tem com quem brincar que graça vai ter? Então daquele dia em diante Nicole dividia seus brinquedos.